terça-feira, 22 de abril de 2008

Os monstros e nós




Extraordinário o filme que vi ontem (ok, foi sem legendas e perdi algumas das nuances dos diálogos, mas enfim… a download dado não se olha a língua). Adiante.
“Nevoeiro Misterioso” – acho que é este o título português – para além de ser um bom filme de suspense e terror (mas essas considerações deixo para quem percebe mais de cinema do que eu) levou-me de novo ao território que tinha sido também explorado no livro “The Road”: a exposição das pessoas a situações extremas. De novo, um pai a tentar proteger o seu filho por todos (e quando digo todos, foram mesmo todos!) os meios possíveis. A ternura que permanece para além de tudo. Os bichos em que nos transformamos quando nos sentimos em perigo. Os monstros que nos habitam e nos transfiguram. Em suma, as pessoas no seu melhor e pior. Ah, e depois os momentos finais ao som dos Dead can dance. De arrepiar. Ainda não parei de pensar no filme
.

5 comentários:

FMS disse...

A última meia-hora do filme é arrepiante. O King, no auge da sua fase negativa, era exímio na arte de mal acabar. Nada corre bem e sentimos uma pequenez tremenda perante aquilo que nos fazemos, tanto quanto perante o que pode acontecer à revelia da nossa vontade. Para nada, no final. Milhas acima do Green Mile. Devíamos tê-lo visto no cinema...

ticher disse...

Porque não postas algo mais completo sobre o filme? Não tenho conhecimentos deste género de filmes, do realizador ou mesmo do S. King para o fazer. E, já agora, mais algum dos outros loungers de serviço viram o filme? E que tal?

FMS disse...

Um post a meias é que era o combinado, ó aceleradíssima esposa :) Além disso já tenho o meu na calha, e é sobre o Evolution do Baxter.

ticher disse...

Ah, não! Meias só nos pés. E não tínhamos combinado nada. E não me desacredites em público, ok?

FMS disse...

Vai lá emendar o "d" minúsculo nos Dead can Dance, sim? ;)