quinta-feira, 27 de março de 2008

H/E/A/R/T/B/E/A/T/B/O/X

O Disco será sempre a raiz de todas as músicas da noite. Não é a toa que está em constante retorno e sempre ligado às novas vanguardas da música de dança e seus satélites. Quanto a mim, nada a opôr. Assim é que, pela segunda vez este ano, o Disco aparece como referência central em mais um fabuloso álbum de ritmos da noite. Primeiro foram os Hercules & Love Affair, agora é este igualmente (se não mesmo mais...) fabuloso "Beatbox" dos Glass Candy. Constituídos por um dos Chromatics, Johnny Jewel, e pela distinta Ida, fazem um som que parte das memórias do Disco e da electrónica em geral, mas daquela mais cheia de originalidades, para fazer algo que é muito mais do que apenas uma trip down memory lane aos anos 70. É um som sensual, que tanto pode ser profundamente quente, como absolutamente gelado e que nos transporta para uma dimensão por vezes esquecida na pista de dança: como se as luzes se apagassem e, de repente, surgisse toda uma nova realidade feita de estilhaços interiores e emoções profundas, ao mesmo tempo ricas e à flor da pele. Como se alguma coisa nos acariciasse a pele suavemente enquanto os olhos se tentam adaptar à escuridão. Ah, e tem uma versão de "Computer Love" dos Kraftwerk que traz carne e sangue às máquinas dos alemães primordiais. Para tirar dúvidas, ouçam "Rolling Down The Hills" e "Life After Sundown". Uma bola de espelhos...?

2 comentários:

Zorze Zorzinelis disse...

Confesso a minha ignorância: vou pesquisar...

Monsieur Le Marquis disse...

Meu caro Z, pesquise que no final estará um pote de ouro à espera...